Sinergia Proteção de Dados

Sinergia Proteção de Dados e Cibersegurança é um tema que me fascina há tempos. No mundo cada vez mais conectado e digital em que vivemos, essas duas áreas caminham lado a lado, ou pelo menos deveriam. Recentemente, enquanto lia uma matéria no Security Leaders, ficou claro que ainda enfrentamos desafios significativos para alinhar estratégias de proteção de dados e medidas de cibersegurança. Como especialista na área, me sinto motivado a compartilhar minha visão sobre como essa relação é essencial e como podemos avançar.

Por que a sinergia entre proteção de dados e cibersegurança é essencial?

Primeiro, é importante entendermos que proteção de dados e cibersegurança não são a mesma coisa, mas são complementares. Enquanto a cibersegurança trata de proteger sistemas e redes contra ataques externos, a proteção de dados está mais focada em garantir o uso adequado, seguro e ético das informações pessoais. Quando combinadas de maneira estratégica, essas duas áreas fortalecem umas às outras, criando uma abordagem robusta e integrada contra riscos tecnológicos e de privacidade.

A ausência dessa sinergia pode ser devastadora. Basta ver casos em que medidas apenas reativas de cibersegurança não foram capazes de mitigar ataques cibernéticos envolvendo vazamento de dados sensíveis. Sem uma estrutura bem definida para proteger essas informações, mesmo os sistemas mais seguros podem se transformar em pontos frágeis. A comunicação e o alinhamento entre os profissionais dessas áreas devem ser prioridade em qualquer organização séria.

O papel central da LGPD nesse cenário

Com a implementação da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) no Brasil, o tema ganhou um novo patamar de importância. A legislação trouxe à tona a necessidade de as empresas não apenas armazenarem dados com segurança, mas também demonstrarem conformidade com princípios como transparência, finalidade e minimização. Mas cumprir a LGPD sem uma infraestrutura de cibersegurança adequada é como construir um castelo sobre areia.

Na prática, a LGPD exige que haja uma Sinergia Proteção de Dados e cibersegurança. Afinal, como você pode garantir os direitos dos titulares de dados sem implementar mecanismos de proteção robustos contra vazamentos, ataques de ransomware ou acessos não autorizados? Para mim, esse é o momento ideal para revisar e integrar essas estruturas dentro das organizações que ainda não o fizeram.

Equipes multidisciplinares fazem toda a diferença

Algo que sempre defendo é a formação de equipes multidisciplinares que reúnam expertise em cibersegurança, governança de dados e compliance. Ter profissionais com diferentes especializações trabalhando juntos proporciona uma visão mais ampla e estratégica sobre as ameaças e vulnerabilidades, além de permitir respostas mais rápidas e eficazes.

Aqui, vale uma dica prática: promova reuniões regulares entre profissionais de segurança da informação, DPOs (Data Protection Officers) e times de TI. A troca de conhecimento e a identificação precoce de riscos são apenas algumas das vantagens dessa abordagem colaborativa. Mais do que um esforço técnico, é também um esforço cultural dentro das empresas.

Desafios para alcançar essa Sinergia Proteção de Dados

Apesar de todos os benefícios, há barreiras significativas para alcançar a verdadeira integração entre essas duas áreas. Talvez o maior desafio seja a mentalidade organizacional. Muitos líderes ainda veem proteção de dados e cibersegurança como silos separados, o que dificulta investimentos conjuntos e impede uma visão holística dos riscos.

Outro obstáculo que observo com frequência é o gap de talentos no mercado. No Brasil, ainda carecemos de profissionais suficientemente capacitados para atuar, ao mesmo tempo, nesses dois campos. Além disso, as empresas precisam investir mais em programas de treinamento contínuo, especialmente considerando que as ameaças estão em constante evolução.

Tecnologia como aliada

Por outro lado, as ferramentas tecnológicas podem ser grandes aliadas para minimizar essas lacunas. Soluções como sistemas de gestão integrada de segurança da informação (ISMS), ferramentas de análise de vulnerabilidades e plataformas de monitoramento em tempo real são essenciais para unir proteção de dados e cibersegurança de forma eficaz.

Mas atenção: essas tecnologias devem ser vistas como suportes, e não substitutas, para uma estratégia bem desenhada e equipes qualificadas. Ainda é fundamental ter processos bem definidos e líderes preparados para orientar as ações dentro da empresa.

Benefícios a longo prazo de uma abordagem integrada

Quando proteção de dados e cibersegurança trabalham de forma integrada, os benefícios são imensos. Primeiramente, há uma redução significativa nos riscos de incidentes de segurança. Um sistema bem protegido e com dados devidamente gerenciados apresenta menos brechas para ataques cibernéticos.

Além disso, as empresas que adotam essa sinergia colhem ganhos em reputação e confiança no mercado. No atual cenário digital, consumidores e parceiros de negócios escolhem cada vez mais organizações que demonstram comprometimento sério com a privacidade e a segurança da informação.

Outro ponto valioso é a redução de custos associados a penalidades, multas ou danos à imagem, que podem ser decorrentes de falhas em proteger dados ou em prevenir ciberataques. Uma abordagem proativa, que combine desde o início proteção de dados e cibersegurança, economiza recursos consideráveis no médio e longo prazo.

Sinergia Proteção de Dados

Se há algo que ficou claro nos últimos anos, é que a sinergia entre proteção de dados e cibersegurança deixou de ser opcional. Vivemos em uma era em que as ameaças cibernéticas são mais sofisticadas e a sociedade exige maior responsabilidade na forma como empresas lidam com suas informações. Para garantir conformidade legal, segurança e confiança, é indispensável que essas áreas trabalhem juntas.

Como especialista em cibersegurança e tecnologia, vejo esse debate como uma oportunidade para inovar e amadurecer as práticas organizacionais em diferentes setores. É hora de estabelecer pontes entre equipes, investir em tecnologia estratégica e criar uma cultura de proteção que vá além das obrigações legais.

Caso você queira discutir mais sobre esse tema ou trocar ideias, sinta-se à vontade para me contatar pelo meu LinkedIn. E, se você ainda não leu minha análise sobre as tendências de segurança cibernética para 2023, confira nosso último post no blog!

Agora me diga, como sua organização está lidando com essa integração? Você acredita que a cibersegurança e a proteção de dados estão realmente alinhadas no seu ambiente de trabalho? Deixe um comentário abaixo, vou adorar saber sua opinião!

 

Ricardo Esper

Falando nisso…

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