Clonagem de WhatsApp

Whatsapp

por Ricardo Esper

Ricardo Esper é um experiente profissional com 40 anos em tecnologia e segurança cibernética, fundador da NESS e atuante na Ionic Health como CISO. Especialista em gestão de crises, compliance e investigação na Trustness e forense.io, contribui para várias entidades, incluindo HackerOne e OWASP, promovendo práticas seguras em tecnologia.

Clonagem de WhatsApp

Diversos golpes

Durante a pandemia, vários golpes virtuais proliferaram. O mais evidente, em virtude do número de usuários, é a clonagem de WhatsApp. Existem, atualmente, três golpes: O primeiro é puramente técnico, e conta com a desatenção do usuário fraudado, o segundo precisa de dedicação e esforço do criminoso. Por fim, o ultimo golpe já é bem mais requintado e merece muita atenção das autoridades e operadoras.
Todos golpes são igualmente prejudiciais a vida do fraudado. A privacidade fica exposta, e dados pessoais acabam vazando.


Clonagem via WhatsApp Web

Não é um golpe muito sofisticado, mas muito eficiente. O interessado no conteúdo da vítima precisa parear uma seção de WhatsApp Web com a conta. É um procedimento fácil de ser realizado, mas precisa ter a posse do celular por algum tempo.
Existem maneiras de mitigar que isso aconteça, de formas simples.

Como resolver:

Sem escrever um manual de instruções, mas contando os passos necessários para sair do primeiro golpe:

  1. Desconectar do WhatsApp Web
  2. Ativar o código de verificação em duas etapas
  3. Apagar o histórico de conversas
  4. Reinstalar o WhatsApp

Sequestro do Whatsapp

O sequestro da conta de Whatsapp é uma pandemia dentro de outra. Os criminosos tem diversos processos para clonar as contas do aplicativo. Algumas nem ao menos precisam usar ciberataque. Basta uma ligação e um bom papo para conseguir.
O processo começa com engenharia social, onde o bandido fazem acessos a perfis abertos de Instagram, Facebook, anúncios em sites de compra e venda ou até mesmo o Linkedin das possiveis vítimas.
O objetivo é sempre o mesmo, pedir dinheiro para os contatos em nome da vítima.
No caso, os golpistas convencem o usuário a informar por telefone o código de seis números enviado pelo WhatsApp por mensagem SMS, necessário para concluir a autenticação da conta em outro celular.

o que fazer?

A primeira recomendação é notificar a família e os amigos sobre a fraude. Isso porque os golpistas provavelmente vão utilizar sua lista de contatos para solicitar informações sigilosas e pedir depósitos em dinheiro. Além disso, o WhatsApp deve ser notificado. Para isso, o usuário deve enviar um email com a seguinte frase no assunto e no corpo do texto: “Perdido/Roubado: Por favor, desative minha conta”. Inclua também o seu telefone no formato internacional: +55 (código do Brasil), o DDD de sua área e o número do celular. O endereço de destino é o support@whatsapp.com.
Esse processo pode demorar alguns dias. Sua conta será desativada e você terá até 30 dias para reativá-la.


Clonagem via Operadora (SIM swap)

Isso é realmente um crime sofisticado e com grande envolvimento de pessoas dentro das operadoras. Na realidade não é apenas a clonagem do WhatsApp, e sim uma clonagem da linha toda.
A maioria, se não a totalidade, desses golpes são feitos por funcionários das lojas das operadoras. Ao cliente procurar a loja para qualquer tipo de serviço, o mal-intencionado funcionário, transfere a linha para outro SIM CARD que está a disposição da quadrilha.
Através da linha, o golpista assume o “papel” do usuário e parte para diversos tipos de golpes. Pedem ajuda através de WhatsApp (e/ou outros serviços de mensagem) a familiares, amigos com respeito a transferências bancarias , e etc.
Todos são igualmente maléficos, todavia o terceiro é quase impossível de mitigar.


Tenha em mente que sua vida pode estar no seu celular, e cuide bem dele. Estabeleça todo tipo de barreira para ninguém se apoderar dessas informações
 
Boa Sorte
 

Ricardo Esper
Ricardo Esper

Ricardo Esper é um experiente profissional com 40 anos em tecnologia e segurança cibernética, fundador da NESS e atuante na Ionic Health como CISO. Especialista em gestão de crises, compliance e investigação na Trustness e forense.io, contribui para várias entidades, incluindo HackerOne e OWASP, promovendo práticas seguras em tecnologia.

Falando nisso…

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